O ensino da área se consolida nas
escolas sobre o tripé:
Apreciação, Produção e Reflexão.
Alguns anos mais tarde, novos concepções foram sendo
construídas, abrindo espaço para a consolidação da perspectiva
sociointeracionista, a mais indicada pelos especialistas hoje por permitir que
crianças e jovens não apenas conheçam as manifestações culturais da humanidade
e da sociedade em que estão inseridas, mas também soltem a imaginação e
desenvolvam a criatividade, utilizando todos os equipamentos e ferramentas à
sua disposição.
Na década de 1990, duas importantes inovações pavimentaram o
caminho para o modelo atual: na Espanha, Fernando Hernández defendeu o estudo
da chamada cultura visual (muito além das artes visuais clássicas, era
necessário, segundo ele, trabalhar com videoclipes, internet, histórias em quadrinhos,
objetos populares e da cultura de massa, rótulos e outdoors nas salas de aula).
No Brasil, Ana Mae Barbosa formulou a metodologia da proposta triangular (inspirada em ideias norte-americanas e inglesas, recuperou conteúdos e objetivos que tinham sido abandonados pela escola espontaneísta). Ela mostrou que o professor deveria usar o seguinte tripé em classe: o fazer artístico, a história da arte e a leitura de obras
No Brasil, Ana Mae Barbosa formulou a metodologia da proposta triangular (inspirada em ideias norte-americanas e inglesas, recuperou conteúdos e objetivos que tinham sido abandonados pela escola espontaneísta). Ela mostrou que o professor deveria usar o seguinte tripé em classe: o fazer artístico, a história da arte e a leitura de obras
Esse tripé original é considerado uma "matriz" dos
eixos de aprendizagem que dominam o ensino atualmente: a produção, a apreciação
artística e a reflexão. O "novo" tripé ajuda a desmanchar alguns dos
mitos que rondam as salas de Arte nas escolas brasileiras, como a confusão
entre a necessidade de ter muito material e estrutura para obter uma resposta
"de qualidade" dos alunos (leia mais no quadro abaixo).
Na perspectiva sociointeracionista, o fazer artístico
(produção) permite que o aluno exercite e explore diversas formas de expressão.
A análise das produções (apreciação) é o caminho para estabelecer ligações com
o que já sabe e o pensar sobre a história daquele objeto de estudo (reflexão) é
a forma de compreender os períodos e modelos produtivos.
Fonte:
Beatriz Santomauro (novaescola@fvc.org.br)