quinta-feira, 16 de junho de 2016



De que forma podemos pensar a relação entre natureza e sociedade urbana, hoje, na cidade do Rio? Quais políticas públicas podem e devem ser adotadas para a inclusão e preservação de áreas verdes? Como se encontram as condições de saneamento, das águas e do lixo?
O Se a Cidade Fosse Nossa promove seu encontro para debater a Política Ambiental na cidade do Rio de janeiro. No dia 18 de junho, na Quinta da Boa Vista, esperamos você para uma programação com oficinas, painel sobre as desigualdades socioambientais no Rio e grupos de discussão para debater temas como Energia/Clima/Mobilidade, Lixo, Agroecologia Saneamento/Água/Lixo e Áreas Verdes.
Quais são suas ideais? De que forma pode contribuir par a construção de um programa de política ambiental para o Rio? Participe desse debate essencial para a nossa sobrevivência enquanto espécie!


Programação:
10h Troca de Saberes (oficinas)
- Captação (Águas de Março)
- Compostagem (Luis / Vinicius)
- Horta/Troca de sementes/Alimentação
- Produtos de Higiene Ecológicos (Pedrão)
- Energia Solar (Antônio)
13h - Painel - Desigualdades Socioambientais no Rio de Janeiro
1. Sônia Peixoto - Conjuntura da Política Ambiental no RJ
2. Jaci (Pescador de Santa Cruz) - A resistência à TKCSA e a 
sobrevivência da pesca no Rio
3. Agricultura Urbana
4. Renato Cinco - O que é Justiça Socioambiental?
14h - Grupos de discussão
1. Energia/Clima/Mobilidade
2. Lixo
3. Agroecologia
4. Saneamento/Água/Lixo
5. Áreas Verdes

terça-feira, 14 de junho de 2016

Arte, Educação e Cultura

Educação para o Desenvolvimento de diferentes códigos culturais  - parte I

                                                                                                                              Profª Ana Mae Barbosa* 
         
        A Educação poderia ser o mais eficiente caminho para estimular a consciência cultural do indivíduo, começando pelo reconhecimento e apreciação da cultura local. Contudo, a educação formal no Terceiro Mundo Ocidental foi completamente dominada pelos códigos culturais europeus e, mais recentemente, pelo código cultural norte-americano branco A cultura indígena só é tolerada na escola sob a forma de folclore, de curiosidade e esoterismo; sempre como uma cultura de segunda categoria. Em contraste, foi a própria Europa que, na construção do ideal modernista das artes, chamou a atenção para o alto valor das outras culturas do leste e do oeste, por meio da apreciação das gravuras japonesas e das esculturas africanas. Desta forma, os artistas modernos europeus foram os primeiros a criar uma justificação a favor do multiculturalismo, apesar de analisarem a "cultura" dos outros sob seus próprios cânones de valores. Somente no século vinte, os movimentos de descolonização e de liberação criaram a possibilidade política para que os povos que tinham sido dominados reconhecessem sua própria cultura e seus próprios valores. 

* Ana Mae Barbosa é Professora Titular da Universidade de São Paulo, autora de vários livros, entre eles Tópicos utópicos (1998) e Arte Educação: Leitura no subsolo (1999). Ganhadora do Prêmio Interncional Sir Herbert Read (1999).

Fonte: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/mre000079.pdf